Os smartphones evoluíram bastante nos últimos anos, deixando de ser apenas aparelhos de ligações e SMS para se tornar um “mini computador” de bolso. Com uma vasta opções de recursos para o usuário, passamos praticamente o dia todo com esses dispositivos em mãos, no entanto, assim como direção e bebida não combina, usar o celular enquanto dirige também não é algo legal.
Nos Estados Unidos essa “junção” acabou em tragédia. Na véspera de Natal do ano retrasado (2014), um casal dirigia por uma via no Texas quando precisou diminuir a velocidade devido ao trânsito congestionado. Foi então que logo atrás um jovem de 20 anos que falava ao FaceTime enquanto dirigia não percebeu o trânsito lento e acertou em cheio a traseira do carro do casal numa velocidade de 100 km/h.
O impacto acabou ferindo o casal que estava no primeiro veículo, e infelizmente após algumas horas, resultou na morte da sua filha de 5 anos que apesar de ter sido socorrida ao hospital, não resistiu.
O casal James e Bethany Modisette que sofreram o acidente, segundo relatos do Courthouse News, culparam a Apple pelo ocorrido alegando que a empresa “falhou em instalar e implementar uma patente para “bloquear” a capacidade dos motoristas de utilizar o aplicativo FaceTime ao dirigir um veículo motorizado”.
A Apple registrou em 2008 uma patente como essa que basicamente “bloqueia” o iPhone enquanto o usuário dirige, algo bastante prudente. O casal afirma que a Apple “não está nem aí” para implementar um sistema útil de segurança para evitar tragédias e acidentes como esse. No entanto a patente registrada não chega a citar nenhum app específico e não parece ser tão simples.
Por outro lado, o rapaz que dirigia o carro que provocou o incidente disse á polícia que realmente estava utilizando o FaceTime em um iPhone 6 Plus e esse foi o motivo que tirou sua atenção na estrada. Infelizmente, no Texas não existe uma lei que iniba o uso de celulares por motoristas a partir dos 18 anos.
O processo movido pelo casal James e Bethany Modisette afirma que a empresa da maça agiu “deliberadamente e ignorando o desrespeito dos direitos e segurança de outro” visando o lucro. O documento também pede que a empresa cubra despesas médicas e danos, além de uma remuneração em dinheiro. Bom, que esse ocorrido nos sirva de lição!