A quatro anos atrás o mundo conhecia os primeiros detalhes sobre o primeiro sistema operacional produzido pela Mozilla, o Firefox OS. Com uma estranha proposta, o sistema open source baseado no Android apostava nos impopulares web apps, o que certamente não agradou muito aos consumidores. Após permanecer completamente apagado nos anos seguintes, a Mozilla finalmente anunciou a finalização do desenvolvimento do sistema móvel, mas a raposa continuou viva ao alimentar outros tipos de dispositivo.
O sistema baseado essencialmente em HTML, CSS e JavaScript era extremamente leve, resultando em um ótimo desempenho em dispositivos de entrada, até mesmo com 128MB de RAM. Isto tornava a solução ideal para gadgets vestíveis e IoT, mesmo que o esbarrasse no eventual problema de sistemas novatos: aplicações. Desta forma, o potencial da sua construção não foi o suficiente para fazer com que o Firefox OS fizesse frente a soluções Web OS, Tizen e Android Wear nestes segmentos, afundando ainda mais esta divisão da Mozilla.
Assumindo a derrota
Finalmente a companhia desistiu da disputa e anunciou o fim do desenvolvimento do sistema em todos os seus núcleos, abandonando completamente estes mercados. Atualmente, o único dispositivo comercializado a rodar a raposa é o Televisor Panasonic 4K, que utiliza uma versão customizada do sistema.
Após demitir todo o time de produção composto por aproximadamente 50 funcionários, a empresa oficializa o fim do Firefox OS através de um depoimento que fala explica qual era a visão da companhia para a proposta frustada:
“Nós mudamos a nossa abordagem interna para a oportunidade da internet-de-coisas ao recuar de um foco no lançamento e dimensionamento de produtos comerciais para focar em pesquisa e desenvolvimento avançado, dissolvendo nossa iniciativa de dispositivos conectados e incorporando nossas explorações de IoT em um foco ampliado em tecnologias emergentes. “
Ainda que os consumidores brasileiros não tenham tido a oportunidade de conhecer profundamente o sistema da Mozilla, é triste ver mais uma ideia interessante morrer na praia. A competição no mercado é sempre saudável, principalmente quando as opções a cada dia se tornam mais escassas.